Lívia Cruz Lívia Cruz - Castelo de Cartas

Esse seu castelo de cartas de baralho é tão frágil
Você vem falar de amor
Mas esse seu caô tava fadado ao naufrágio
E você se afogou

Você diz ser jogador
Mas cê não passa de estágio
Na fuga até que cê é ágil
Mas pra ser linha de frente, faltou
Não serve nem pra ser mente, isso é fato
Tanto que cê mente, cê perdeu seu valor

E você busca nas esquinas
Nos corpos, nos copos e nunca mais encontrou
E eu achei que era encontro
Era encanto, era canto

Só nós no nosso canto
E eu amei seu canto
O seu pranto era tanto, era tanto
Nada é maior que a sua dor

Eu rezo pra Deus, Oxum, Oxalá, Buda, Alá
Seja lá quem for
Pra te perdoar
Porque eu não vou
Não vou

Você preferiu duelo, pra ser sua muleta
E eu quis ser o seu dueto
Ter a sorte do elo e você pra ser meu amuleto
Amor de gueto, cruel e belo

Nem gosto de mel
Mas é feito cianeto
E você me envenenou
Bebe do seu veneno

Eu rezo pra Deus, Oxum, Oxalá, Buda, Alá
Seja lá quem for pra me perdoar
Porque eu não vou
Não vou, eu não vou

Nosso amor era Cazuza: Exagerado
Você era a pessoa [?] famigerado
Pensando bem, o seu era promessa
E por essa premissa eu pensei que você tinha ficado assim

O meu era jura, o seu, jurado
Ao fim, fadado, e o fim foi a morte pra mim
Que jurei que era sorte ter te encontrado

O meu era forte, as dark, o seu eram dados, jogados
O seu era às vezes dardos sem mira
Só ira, no próprio peito fincados

O meu era fruto, o seu fortuito
O meu era Janis, o seu era Hendrix
Um drink, um clássico
Os dois: Finados